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domingo, 20 de novembro de 2011

A CIÊNCIA DO CHURRASCO



Na série de posts entitulados como  “A Ciência do Churrasco”, proposto pelo Nerd Curitibano, não poderíamos deixar de falar de um jogo marcante em qualquer “xurras” que se preze, o truco.
Normal, depois de todos se empanturrarem de carne, lingüiça, farofa, pão e, é claro, muita cerveja, alguém berrar em busca de um baralho.
A origem do truco é incerta. Dizem que é uma adaptação de um jogo inglês, que foi trazido por imigrantes espanhóis, que foi difundido no Brasil pelos tropeiros em suas viagens Viamão-Sorocaba. Porém, ninguém sabe com exatidão como o jogo nasceu.
O jogo também não é disputado da mesma forma no Brasil inteiro. As regras variam de região para a região. Mas o funcionamento é quase o mesmo: duas duplas, que jogam 3 rodadas por jogada. O objetivo é ganhar duas. Ou, em caso de empate na última rodada, o vencedor é quem ganhou a primeira. O 8, 9 e 10 não entram no jogo, ou seja só são usadas 40 cartas. A ordem crescente das cartas é 4, 5, 6, 7, Q, J, K, A, 2, 3. E existem também as “manilhas”, as cartas mais fortes. Em alguns estados, essas manilhas são fixas, já em outros vale a carta posterior a “vira”, ultima carta retirada do baralho no carteado: por exemplo,  se virou um 7, as manilhas as damas.
O nome das manilhas também varia de estado para estado. O Gato é conhecido como Zap em algumas regiões. Assim como o mole, pode ser chamado de salmoura, pica-fumo ou simplesmente ouros. Quando se recebe uma manilha é comum dar sinal para o parceiro, para assim ambos traçarem a melhor estratégia para vencer.
Piscar um olho = Zap (Gato)
Fazer um montinho na bochecha usando a língua = Sete Copas (Copas)
Subir as sobrancelhas = Espadilha (Espadas)
Mostrar a ponta da língua = Pica Fumo (Ouros)
Ganha quem marca 12 tentos (pontos). Sendo que, cada rodada vale um ponto, que pode ser aumentado para 3, 6, 9 e até 12, basta berrar o nome do jogo. E essa é a grande graça: o berro intimidador de truco, fazendo seu adversário correr para longe. Ou, se ele for mais “facãozeiro” que você, erguer para seis e berrar mais alto ainda. O blefe, sem dúvidas, é parte mais importante do jogo. E ser malandro, e olhar uma carta aqui, trocar outra ali, também é essencial.
Mas cuidado com o que aposta. Já vi gente ficar pelada, pagar muita cerveja, sem contar no famoso vídeo do bêbado que apostou o que não devia em uma partida. O legal mesmo é jogar para se divertir, berrar do ouvido do adversário e comemorar com o parceiro.
Lembrando que esse é um jogo muito comum no meio universitário. É uma das duas coisas mais importantes que você aprende na faculdade. A outra, não posso falar, infelizmente é ilegal.

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